Este pode ser o ano decisivo para sabermos se as adaptações de
videojogos para o grande ecrã valem a pena: tudo depende de
"Warcraft" e "Assassin`s Creed". Na verdade, já existem
algumas animações que já são adaptações mas normalmente não são levados a
sério, nem vão trazer a massificação destas transposições. Por isso, vamos ver
como corre ao primeiro filme lançado ao público.
O pacífico reino de Azeroth
vê-se invadido por uma raça desconhecida, os orcs, que são obrigados a
colonizar este mundo porque o seu está á beira da destruição. Cabe a Durotan, do
lado dos orcs, e a Lothar, do lado dos humanos, impedir que isso aconteça.
A minha experiência em jogos de
Warcraft não é muito grande - apenas tive uma ligeira passagem por “Warcraft 3”
-por isso, além de um nome ou outro que reconheci, quase tudo foi novo para
mim. É necessário ter algum conhecimento de base antes de ver o filme? Não, mas
ajuda, já que somos metidos logo no meio da ação, sem grandes explicações, não
perdendo tempo com explicações. E ainda bem! Não é preciso que nos deem a mão e
nos digam tudo o que se passa e vai passar, quem vê consegue lá chegar sozinho.
Algo que podia ter corrido muito
mal eram os especiais. As primeiras imagens apresentadas não mostravam orcs com
muito bom aspeto e, visto que são uma parte essencial do filme, se não tivessem
bem representados, iria ser uma desgraça. Felizmente, isso não acontece, já que
a raça está incrivelmente detalhada, dando a sensação que são mesmo criaturas
credíveis dentro do mundo.
Em termos de personagens, temos
umas melhores que outras. Durotan (o protagonista do lado dos orcs) é a
personagem mais interessante do filme, que tem o maior arco na história e que mais
impacto causa. Travis Fimmel (que interpreta Lothar) faz um bom desempenho mas
a sua personagem é muito semelhante aquela que faz em “Vikings”. Por outro lado,
Robert Kazinsky, como o aprendiz de feiticeiro, é o lado menos bom dos
desempenhos mas tal pode ser mais culpa da personagem do propriamente do ator.
Mas nem tudo são boas notícias:
algumas coisas não parecem pertencer a este mundo (como as armaduras dos
humanos), temos um romance completamente escusado que não está lá a fazer nada e
podia ter sido explicado melhor qual é a influência do Fel. É verdade que este
não é um dos melhores filmes do ano mas consegue ser a melhor adaptação de
videojogos até agora (o que também não é assim tão difícil).
Num mundo onde temos “Senhor dos
Anéis” e “Guerra dos Tronos”, “Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos”
fica uns degraus abaixo porém não deixa de ser uma boa fantasia e com potencial
para boas sequelas.
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