“Prisioneira”
foi um dos nomeados para a Palma de Ouro do festival de Cannes do ano passado o
que, por si só, mete o filme no radar. Infelizmente, acabou por ser uma
desilusão.
Passaram-se
oito anos desde o desaparecimento de Cassandra e a descoberta novas provas que
indicam que pode estar viva vai levar a polícia e os pais dela numa nova busca.
De início,
vermos as cenas dispersas ao longo dos oito anos de desaparecimento de
Cassandra é um bocado desconcertante por não sabermos bem em que período
temporal estamos, mas depressa nos conseguimos habituar - sempre é uma maneira
invulgar de ver.
O meu
maior problema com “Prisioneira” é o seu ritmo. É tudo demasiado pausado quando
supostamente estamos perante uma busca desesperada. Vemos muitas paisagens e
muita neve a cair, mas nada de verdadeiramente emocionante. Pode ser uma
representação do estado de espírito das personagens mas, mesmo assim, não ajuda
ao desenrolar do filme.
Ryan
Reynolds e Mireille Enos interpretam os pais da desaparecida e têm bons
desempenhos. Continuam a não conseguir viver com o que aconteceu e enfrentam a
situação de maneira bastante díspar. Rosario Dawson também não fica mal na
figura, mas este não é um dos melhores trabalhos da atriz. Já Kevin Durand
conseguiu criar uma personagem que, tanto física como psicologicamente, parece
incrivelmente “creepy”.
Devido
ao seu lento desenrolar, muito daquilo que a “Prisioneira” conseguiu fazer bem
não é notado.
Concordo com a análise, principalmente com o terceiro parágrafo. Só que eu não me habituei aos espaços temporais, pois fiquei ainda a pensar em que espaço temporal estava a cena final. A cena final ora parecia-me ser depois da cena da cafetaria onde a mãe e a polícia falam, ora parece ser depois.
ResponderEliminar"Prisioneira": 2*
ResponderEliminar"Prisioneira" tinha tudo para ser um filme perfeito, mas é apenas razoável. "The Captive" teve cenas em que fiquei confuso, pois a história ia do passado ao presente e vice-versa.
Cumprimentos, Frederico Daniel.