Já muito se ouviu falar do
filme, desde a proibição da sua exibição no Médio Oriente até às acusações de
ser um filme ambientalista. Toda esta controvérsia ao menos serve para fazer
publicidade - o que nunca fez mal nenhum, principalmente se tivermos em conta o
grande investimento que aqui foi feito.
Num mundo corrompido pelo mal do
mundo, Deus escolheu Noé para que salve a humanidade da grande limpeza que vem aí.
Quando às acusações de ser um
filme ambientalista, até têm o seu fundamento mas também temos de ter em conta
que esta é uma temática
para o ambientalista. Afinal de contas, estamos a salvar todos os
animais porque o homem está a destruir tudo.
O grande trunfo do filme é, sem
dúvida as interpretações, principalmente a de Russell Crowe. A personagem de Noé é a que,
obviamente, está melhor construída. A metamorfose da sua personalidade, que
começa por querer salvar toda a vida, até se tornar quase um “psicopata”, onde
não olha a meios para concluir a missão que lhe foi dada. Para mim, é, até
agora, uma das melhores personagens deste ano.
O
restante elenco, embora talentoso, não é praticamente utilizado. A personagem que mais atenção
recebe, além do protagonista, é Ila, interpretada por Emma Watson, que consegue,
aqui, mais um bom desempenho.
Em
termos de efeitos e banda-sonora, o filme consegue satisfazer os meus gostos de
cinéfilo - sendo sincero, também com o orçamento que o realizador Darren
Aronofsky tinha à disposição, alguma coisa boa tinha de sair.
Fiquei
surpreendido com a quantidade de cenas de ação existentes. O problema é que
embora sejam agradáveis, não têm aquele tom épico para este se torne um filme
de referência.
“Noé”
tem boas cenas e é um bom filme mas falta-lhe algo para o tornar memorável. O
que nos vale é a interpretação do protagonista.
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