“360”
apresenta-se como um drama diferente por um único motivo: não segue uma pessoa
ou grupo de pessoas; em vez disso, temos uma história bastante fragmentada mas
encadeada que segue vários indivíduos diferentes.
Vou
explicar isto com um exemplo. Tudo começa com uma mulher que se vai iniciar no
serviço de acompanhantes. Após se encontrar com um cliente, passamos a segui-lo
e, quando esse cliente vai ter com a família, essa família passa a ser o foco
da câmara e por aí adiante.
Embora
seja uma maneira diferente de ver um filme, não é muito agradável. Simplesmente
porque, dessa maneira, se torna difícil relacionar com as personagens, não
conseguindo criar a ligação necessária para que a história possa prevalecer.
E
certamente não é por não ter membros capazes no elenco, pois conta com nomes
como Anthony Hopkins e Jude Law mas, graças a estrutura do filme, não têm o seu
devido tempo na tela, dando a impressão que a sua utilização foi só devido ao
nome que carregam.
A
mensagem essencial do filme é que a decisão que se toma pode influenciar outras
pessoas que poderão pertencer a círculos mais próximos ou não, de maneiras que
não são previsíveis. E, nisso, o filme é bem-sucedido, mas mais nada, pois
perde-se pelo caminho.
Não é trágico, mas também não é bom.
Nota:2/5
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