15/03/2021

Raya e o Último Dragão (Raya and the Last Dragon - 2021)

   
       A Disney lançou mais uma animação na sua plataforma de streaming. Mas desta vez temos que pagar um extra, ao contrário de como se passou com “Soul - Uma Aventura com Alma”. Embora este esquema seja novo por cá, aconteceu aquando da estreia de “Mulan” em terras americanas. Ao menos, desta vez, temos um filme bem superior.
          No reino dividido de Kumandra, a guerreira Raya vai procurar por Sisu, o último dragão, na esperança de voltar a unir todas as nações.
          Tudo no trailer me pareceu extremamente promissor e que teríamos, em mãos, mais uma grande animação por parte da Disney, com o único senão da voz Awkwafina parecer algo irritante. E, basicamente, não fugiu muito disto. É verdade que não foi tão bom como estava à espera mas ao menos Awkwafina até que foi uma boa voz para o papel.
          Em termos técnicos, como de costume, está tudo impecável, muito dentro daquilo que o estúdio já nos habituou. Sendo que agora tem o pequeno “extra” de viajarmos por vários cenários diferentes. E, talvez por já estarmos algo habituados a este estilo, já não tem o fator novidade de antigamente.
          Adoro quando o compasso do filme é elevado e onde está sempre a acontecer alguma coisa que nos prende ao ecrã. Mas tem de ser apropriado ao tipo de filme: aqui Raya está sempre a saltar de lugar em lugar à procura das peças da jóia e são poucos e curtos os momentos em que ela cria alguma ligação com as outras personagens, principalmente com Sisu. É verdade que isso tem haver com a sua falta de confiança para com os outros mas depois, na reta final, o filme pede-nos para nos importarmos por uma relação que não foi muito bem construída.
          Todo o grupo de personagens é diverso q.b. e têm todos uns bons momentos. Com as cenas cómicas a estarem encarregues principalmente aos elementos secundários, que até foram bem conseguidos.
          No final, tudo aquilo de positivo que “Raya e o Último Dragão” tem, é também tudo aquilo que o torna em apenas mais uma animação dos estúdios do pequeno rato. Faz bem grande parte daquilo que mostra mas não tem nada que o consiga distinguir por aí além.


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