
Num futuro
próximo, o elevado índice de crime de Joanesburgo obriga a polícia a utilizar
robôs para patrulhar a sua cidade. Porém, o seu criador Deon quer dar mais um
passo à frente ao criar o primeiro robô com consciência (Chappie).
E sem
dúvida nenhuma é Chappie que consegue roubar toda a atenção e ser o grande
protagonista. A combinação da voz de Sharlto Copley com a animação está a um
grande nível. Copley consegue transmitir na voz, inicialmente, a inocência e
ingenuidade de quem não sabe nada e está a aprender, e ao longo do filme vai-se
tornando cada vez mais confiante. A sua interação com as personagens é muito
cativante e dá vontade de conhecer ainda mais esta personagem, que consegue
brilhar tanto nas cenas mais emotivas como nas que metem mais ação.
O problema
é o restante elenco. Dev Patel e Yo-Landi Visser até conseguem ser
interessantes, mas não sobressaem. Ninja e Jose Pablo Cantillo são personagens
apenas irritantes, Hugh Jackman não consegue calhar bem como um vilão e
Sigourney Weaver foi incrivelmente mal aproveitada (o que parece ser a sua
função nos últimos filmes em que entra).
O grande
problema é que o filme só sobrevive graças ao protagonista. A ambientação é
praticamente igual aos últimos filmes do realizador, não trazendo nada de novo
para a mesa, e mesmo o argumento podia ter sido mais trabalhado – a parte final
não me caiu da melhor forma.
Não
deixando de ser um bom filme, “Chappie” merece ser visto nem que seja pelo seu
protagonista mecânico.
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