15/04/2019

Hellboy (2019)


            Eu queria gostar muito deste filme, a sério que queria! Preferia que a trilogia planeada inicialmente por Guillermo del Toro tivesse um desfecho mas, aos poucos, fui-me habituando ao iminente remake. Logo, foi com mente aberta que parti para o filme.
            Hellboy, um demónio que vive entre o mundo humana e o sobrenatural, tem como a sua nova missão parar uma feiticeira imortal que quer lançar uma praga ao mundo (o habitual, portanto).
            Supostamente, estamos perante uma versão mais fiel à BD de Mike Magnola. Não posso confirmar pois nunca as li mas, se for o caso, não é uma boa publicidade. O filme é uma salgalhada, a história é básica e, talvez por isso, estejamos sempre a saltar de cena de ação em cena de ação, sem haver um momento para respirar e pensarmos bem no que está a acontecer.
            Mas, se há uma coisa que gostei, foi do protagonista. David Harbour é um bom sucessor de Ron Pearlman e mesmo a caraterização prática da personagem fica melhor que a versão anterior. Também há uma boa personalidade, de alguém que está em dois mundos e, ao mesmo tempo, em nenhum e a apenas andar para frente e esperar pelo melhor. Só que, em termos de boas personagens, ficamos por aqui, pois, de resto, temos um Ian McShane (que adoro!) mas que aqui está muito longe do seu melhor trabalho. Quanto à vilã, interpretada por Milla Jovovich, nem vale a pena falar, de tão robótica que é.
            As cenas de ação até entretém bem mas, por outro lado, quiseram meter cenas sangrentas e macabras que, na maior parte das vezes, eram totalmente escusadas. A música rock que acompanha estas cenas também vai ao gosto de cada um - eu gostei.
            Os problemas financeiros foram a causa do fim da série de del Toro mas não me parece que esta nova versão de Neil Marshall vá por um caminho diferente.


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