15/03/2018

A Agente Vermelha (Red Sparrow - 2018)

O realizador Francis Lawrence volta a juntar-se a Jennifer Lawrence neste filme de espionagem e sensualidade. É verdade que, à primeira vista, isto praticamente parece um filme de origem da personagem da Marvel, Viúva Negra, mas isso não podia estar mais longe da verdade.
Depois da bailarina Dominika ter sofrido um acidente, que a impede de voltar a dançar, ela entra numa “escola” especial que a vai tornar numa agente secreta ao serviço da Rússia.
É verdade que o objetivo era criar agentes que conseguem retirar informações através da sedução mas, por amor de Deus, não têm, ou pelo menos não mostram, nenhum treino físico ou com armas de fogo? De certeza que, nesta carreira, não deve dar jeito nenhum. Excluindo isso, a parte do treino da sedução está muito presente e demonstra bem o porquê do filme ser para maiores de 16.
Jennifer Lawrence faz bem de espia e volta a mostrar o motivo de já ter uma estatueta dourada com o seu nome. O maior problema da personagem é não ter sido devidamente explorada no início: sabemos que tem uma mãe doente, de seguida tem o acidente e depois vai logo para espionagem. Joel Edgerton é um grande ator e aqui desempenha bem a sua personagem, caramba, deve ser o pior espião de sempre, já que nutre sempre sentimentos por quem entra em contato, o que não deve ser muito prático.
Porém, o filme é sólido e interessante. Tem muitos bons momentos mas não precisava de durar duas horas e vinte, principalmente quando tem vários momentos mortos que podiam ser cortados e, assim, tornar a experiência mais consistente.
Jennifer Lawrence teve alguns papéis seguidos que deixaram alguma coisa a desejar, “A Agente Vermelha” não faz parte dessa categoria.

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