“O Círculo”
apresenta uma premissa interessante e que combina muito bem nos dias de hoje.
Tem um bom elenco com Emma Watson, John Boyega e Tom Hanks, num papel de vilão
(para variar um pouco as coisas, e os trailers até que foram razoáveis, por
isso estaremos perante o próximo “Rede Social”?
Mae
encontra o seu emprego de sonho numa poderosa empresa tecnológica chamada
Círculo. Porém as coisas não são o que parecem e os verdadeiros objetivos do
Círculo vão colocar em perigo a família, amigos e a própria humanidade.
O tema da
privacidade, e a falta dela, é um assunto cada vez mais relevante nos dias de
hoje, já que, agora, se partilha qualquer coisa das nossas vidas nas redes
sociais. O modo como Mae é persuadida a partilhar cada vez mais da sua vida é
feita de maneira muito subtil, até chegar ao ponto em que toda a gente consegue
seguir todos os seus movimentos e interações. E, até a dada altura, pode pensar-se
que isso não tem problema, só que não é bem assim, certo?
E como é
que é tudo tão aliciante? Porque é dito pelo pai da América, Tom Hanks. Pois,
embora não seja um vilão típico, no fundo, quer viciar e controlar todo o
mundo. E, embora John Boyega entre no filme e tenha um bom desempenho, tem
muito pouco tempo de ecrã. E Emma Watson? Também faz um bom trabalho mas não
consegue impressionar-nos.
O grande
problema desta produção é a falha na transmissão da sensação de que aquilo que
está a acontecer é de facto importante. É tudo tratado de maneira muito
superficial e sem que exista algo em jogo.
A falta de
exploração do tema central do filme faz com que “O Círculo” não seja,
propriamente, o filme que se estava à espera.
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