24/02/2017

Moonlight (2017)



A corrida para as estatuetas douradas continua e, quem se seguiu na minha lista de críticas o muito recomendado e cheio de prêmios “Moonlight”. Realizado por Barry Jenkins, este é um filme que tem sido considerado o mais sério concorrente a “La La Land”, para o maior prémio da noite, só que não me convenceu.
Aqui vemos três décadas da vida de Chiron. Um negro, que está em constante conflito por ser homosexual, num ambiente em que é permanentemente perseguido na escola e que, quando volta a casa, tem que cuidar da sua mãe drogada.
Relativamente às escolhas da Academia, vou começar por aquilo que me parece mais claramente exagerado, que é a nomeação (e, a que tudo indica, vencedor) de Mahershala Ali, como melhor ator secundário. Primeiro, ele está no filme uns 15 minutos. Verdade que não quer dizer nada pois pode ter, na mesma, um grande impacto, só que não acontece. Não que não seja um incrível desempenho, tenso e com subtilezas, mas mesmo assim parece-me um exagero a nomeação para o maior galardão do cinema. Já Naomie Harris tudo bem, faz um trabalho muito bom, intenso e destruidor, e merece ser premiada.
O grande problema que tenho aqui é o mesmo que tenho com “Manchester by the Sea”, que é não ter um final propriamente dito. Não que esta não seja uma história que não mereça ser contada mas não apresenta um propósito claro sobre o que é e o que quer fazer. O modo de como Chiron se transforma ao longo do filme serve para mostrar que tudo funciona num círculo, tendo-se tornado em adulto naquilo que destruiu a sua infância.
De resto, “Moonlight” é um grande filme. As três histórias estão muito bem construídas e conseguem funcionar de maneira individual e as suas transições estão muito bem-feitas.


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