19/02/2016

Deadpool (2016)



                “Deadpool” só chegou agora aos nossos cinemas mas a sua história cinematográfica já é longa. Começou com aquela desgraça que foi “X-Men Origins – Wolverine”, onde a personagem foi interpretada por Ryan Reynolds e foi muito mal tratada. No entanto, Reynolds não desistiu de trazer a verdadeira versão ao grande ecrã. E, finalmente, depois de uma das melhores campanhas de marketing de sempre, vamos ver se a espera valeu a pena.
                O mercenário com grande sentido de humor de seu nome Wade Wilson submete-se a uma operação experimental, na esperança de conseguir curar o seu cancro. Só que, não só se conseguiu se livrar do cancro, como ganhou incríveis capacidades regenerativas, sendo o contra o de ter ficado desfigurado. Wilson vai partir numa “jornada” para se vingar daqueles que o puseram neste estado.
                Para aqueles que conhecem a personagem podem ficar descansados pois, tudo aquilo que Deadpool é, está incrivelmente bem traduzido no filme. As piadas, a ação e o furar da 4º parede. E, mesmo que tenha sido a primeira vez que ouviu falar desta personagem da Marvel, se gostar de grandes doses de ação e comédia, vai ficar extremamente satisfeito. E nada de levar os mais novos para ver o filme porque vão ver muito sangue e decapitações e muitas das piadas vão-lhes passar completamente ao lado.
                Este filme não podia ter chegado em melhor altura. Estamos no ano em que vão ser lançados mais filmes de super-heróis e, começar o ano com este, foi muito satisfatório. Isto porque foi um tipo de filme diferente, da mesma maneira que “Capitão América – O Soldado de Inverno” teve semelhanças com os filmes de espiões dos anos 70 e “Guardiões da Galáxia” foi uma aventura espacial com personagens que nunca pensávamos ver no ecrã e funcionarem. Desta vez, o mundo não está em perigo de rebentar nem de ser conquistado, “Deadpool” tem uma escala mais reduzida, sendo mais uma história de vingança e romance (a redução de escala também se deve aos limites de orçamento mas era mesmo isso que este filme precisava).
                Não é Ryan Reynolds a interpretar Deadpool, mas sim Deadpool que interpreta Ryan Reynolds, tal é o modo como o ator mergulha na personagem e é o seu maior defensor. Tendo feito de tudo para que este filme chegue as salas de cinema da maneira correta e participando em todo o tipo de marketing possível e imaginário. E teve de chegar este filme para que Colossus tivesse mais tempo de ecrã e de alguma qualidade, podendo descobrir mais a sua personalidade e a utilização dos seus poderes. Negasonic Teenage Warhead foi uma boa surpresa e também trouxe situações hilariantes. O vilão interpretado por Ed Skrein não é nada de especial, não se sabem as suas motivações nem o que está para lá a fazer, mas consegue ter umas boas cenas de ação (o principal foco do filme também não é ele). T. J. Miller, que tanto pode ser hilariante como muito irritante, saiu-se muito bem desta vez. E o romance com Morena Baccarin está muito bem conseguindo, embora dê a sensação que muito do seu papel foi cortado.
                Uma lufada de ar fresco para o género de super-heróis. Este era um filme com incríveis expectativas e conseguiram ser todas cumpridas.


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