31/08/2020

Tenet (2020)

Começo logo por dizer que sou um grande fã de Christopher Nolan, logo estava com grande expetativa para “Tenet”. Porém, apareceu a pandemia e, naturalmente, o filme foi adiado. Só que, ao contrário das outras grandes estreias, que passaram para o final do ano ou para 2021, “Tenet” foi adiado apenas poucos meses. E sempre que a data se aproximava, e as salas de cinema continuavam fechadas, tínhamos sempre um adiamento de apenas duas semanas. Com isso foi possível tirar algumas conclusões: era praticamente impensável o filme ser lançado em alguma plataforma de streaming ou VOD por isso Nolan “obrigou” a Warner Bros lançá-lo no grande ecrã, e, além disso, seria esta a grande primeira estreia desde a reabertura das salas. Agora, será que toda essa espera valeu a pena?
O Protagonista mergulha num mundo de espionagem, armado com apenas uma palavra para impedir a Terceira Guerra Mundial: Tenet.
Toda a pressão estava em cima do filme e com isso era muito difícil satisfazer todas as expectativas que tinha. Antes de mais um pormenor mais técnico, Nolan, por favor, baixa um pouco o volume dos teus filmes. Não preciso de sair surdo da sala de cinema e em várias situações nem dava para perceber os diálogos nos momentos mais intensos.
Depois temos aquele que é, para mim, o maior problema do filme: a história. Vou ser um pouco vago, para não estragar a surpresa, mas aqui temos um elemento relacionado com “viagens no tempo”. E isso não é “apresentado” do modo mais prático e parece que querem complicar tudo mais do que o necessário. O ritmo do filme não ajuda com isso. Estamos sempre a andar de um lado para o outro, a sermos apresentados conceitos novos, sem nos darem tempo para os digerirmos da melhor maneira. Tirando isso, se há alguém com a credibilidade para trazer esse tipo de temas para o público em geral, esse alguém é Christopher Nolan.
Em termos de interpretações, está tudo impecável. John David Washington consegue ser um bom protagonista, e conseguimos ver no fim, o modo como é que ele mudou desde o início. Robert Pattinson cada vez mais nos mostra que é um grande ator e tem uma personagem muito interessante. Elizabeth Debicki é o elemento feminino e a parte mais humana do filme, que está mais preocupada com a segurança do seu filho, do que em resolver qualquer grande conspiração.
Sem dúvida que “Tenet” merece ser visto no grande ecrã. Tem cenas que são espetaculares, capazes de reacender a chama da vontade de voltar a visitar o as salas de cinema com frequência.
Não fica entre os melhores trabalhos do realizador, mas mesmo assim um grande filme.
 


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