“O Artista” é uma raridade. Um filme a preto e branco, mudo e com baixo orçamento, e no entanto está ao lado de grandes produções com orçamentos gigantescos na corrida para o Óscar de melhor filme.
E está lá com toda a justiça! Toda a história passa-se no final da década de 20 e início da de 30. George Valentin é uma grande estrela de filmes mudos, reconhecido por todos e com várias imagens dele a encher os jornais. Mas, quando entra o som na indústria cinematográfica, um mundo onde Valentin não se quer encaixar, este arrisca todo o seu dinheiro e fama num filme mudo.
Mas foi só isto que levou este filme até tão elevados ares? Claro que não, a história é só a ponta do icebergue. “O Artista” tem comédia, cenas musicais, românticas e dramáticas, e demonstra-o que uma tal simplicidade que uma pessoa fica maravilhada, tornando-o na mesma acessível para todos que o queiram ver.
Isto mais que tudo funciona como um aviso, com a presença do 3D em cada vez mais filmes: o que aconteceria aos atores que não conseguissem se adaptar a este formato? E é isto que nos é mostrado, alguém que prefere manter-se fiel ao método antigo.
Com toda a sinceridade, se este filme não fosse um dos grandes nomeados provavelmente passava-me ao lado. Mas ainda bem que tal não foi, pois vale mesmo a pena ver.
Mas será que isto chega para ganhar no próximo domingo? É esperar e ver, mas mesmo que não ganhe deve ser visto por todos.
Nota:4,5/5
o facto deste filme ter ganho o Óscar de melhor filme é uma bofetada de luva branca! E das grandes! :D
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