
Um grupo de universitários viaja até uma aldeia rural na Suécia, para as festividades do solstício de Verão.
Vamos ser sinceros. Muita gente vai morrer, não tivéssemos nós a ver um filme de terror. A questão é como chegamos às mortes e se as situações de suspense conseguem entreter. Nessa perspectiva, “Midsommar - O Ritual” é mais uma grande entrega de Ari Aster, só que não chega ao patamar de “Hereditário”. Ao longo de todo o filme, vamos tendo pistas de como tudo se vai desenrolar. E, se não as apanharmos, é uma excelente desculpa para uma segunda visualização.
Ficamos sempre com a sensação que esta pequena aldeia tem as suas próprias regras, por baixo de todo o sol, tons claros e alegres que transparece. E, embora, todo este clima de tensão seja bom para um filme deste género, quando estamos numa jornada de quase duas horas e meia de duração, tal chega a ser cansativo e vai perdendo o efeito. Não me conseguiu deixar cativado durante todo o tempo pois tudo anda muito devagar e apenas a curiosidade sobre o desfecho é que deixou vontade para chegar ao fim.
Outra culpa para não ter apreciado tanto o filme foram os protagonistas. O casal que seguimos durante a maior parte do tempo está naquela situação em que querem acabar mas ninguém dá o primeiro passo. E, para o papel que têm que fazer, os atores fazem um bom trabalho.Muito do filme tem a ver com o ganho de confiança por parte de Dani, que perdeu os pais e a irmã e, com um namorado que quer ir embora, se sente extremamente sozinha. Porém ela sente-se muito bem acolhida nesta pequena comunidade, fazendo desaparecer a sua desconfiança inicial.
Embora com uma boa fotografia e banda-sonora, “Midsommar - O Ritual” tem uma duração que o prejudica.
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