27/02/2018

Eu, Tonya (I, Tonya - 2018)



             Nomeado para 3 Óscares da Academia, incluindo de melhor atriz e melhor atriz secundária, “Eu, Tonya” é, mais que tudo, uma prova para sabermos se Margot Robbie consegue ser a protagonista num filme dramático. E aí podemos dizer que arrasou de maneira espetacular.
Aqui seguimos a história de Tonya Harding e o modo de como subiu ao protagonismo da patinagem artística dos E.U.A, bem como o incidente que a levou para a obscuridade.
Aparentemente, esta foi uma grande história mediática do seu tempo mas é a primeira vez que ouvi falar desta história. O modo como a história nos é apresentada consegue ser diferente; não é original mas é uma boa mudança, já que vemos a vida da protagonista desde pequena até ao sucesso intercalado com entrevistas com os seus intervenientes, como a sua mãe, o seu ex-marido e a sua antiga treinadora. Deste modo, ficamos sempre, na dúvida, se aquilo que nos é apresentado é de facto real pois cada elemento tem a sua versão do conto.
Robbie, aqui, está incrível. É fácil para uma atriz com a sua beleza interpretar papéis que apenas tirem proveito disso mas aqui, o que se destaca, são as suas capacidades de interpretação que conseguem assim criar uma personagem que transmite empatia mas,ao mesmo tempo, não inspira confiança. De facto, merece totalmente a sua nomeação por este trabalho.
 Allison Janney, como a sua mãe, tem também um grande desempenho. Apesar da sua presença mais forte na primeira metade do filme, o modo como educou e tratou a sua filha foram cruciais para o modo como a mesma depois se relacionou tanto com os outros como com o desporto que pratica. Além disso, ver Sebastian Stan num papel diferente, como aquele que interpreta nos filmes da Marvel, também prova que o ator merece ser reconhecido pelas suas capacidades dramáticas. Por seu lado, a personagem de Paul Walter Hauser é daquelas personagens que só nos apetece dar um soco mas o propósito da sua personagem é essa por isso, neste departamento, a coisa até correu bem.
Os efeitos especiais podiam estar um poucos melhores nas seções de patinagem mas nada que distraia daquilo que está a acontecer.
“Eu, Tonya” merece ser visto pois conta com uma história interessante, acompanhada de grandes interpretações.


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