Nomeado
para 3 Óscares da Academia, incluindo de melhor atriz e melhor atriz
secundária, “Eu, Tonya” é, mais que tudo, uma prova para sabermos se Margot
Robbie consegue ser a protagonista num filme dramático. E aí podemos dizer que
arrasou de maneira espetacular.
Aqui seguimos a história de Tonya
Harding e o modo de como subiu ao protagonismo da patinagem artística dos
E.U.A, bem como o incidente que a levou para a obscuridade.
Aparentemente, esta foi uma
grande história mediática do seu tempo mas é a primeira vez que ouvi falar
desta história. O modo como a história nos é apresentada consegue ser
diferente; não é original mas é uma boa mudança, já que vemos a vida da
protagonista desde pequena até ao sucesso intercalado com entrevistas com os
seus intervenientes, como a sua mãe, o seu ex-marido e a sua antiga treinadora.
Deste modo, ficamos sempre, na dúvida, se aquilo que nos é apresentado é de
facto real pois cada elemento tem a sua versão do conto.
Robbie, aqui, está incrível. É
fácil para uma atriz com a sua beleza interpretar papéis que apenas tirem
proveito disso mas aqui, o que se destaca, são as suas capacidades de
interpretação que conseguem assim criar uma personagem que transmite empatia
mas,ao mesmo tempo, não inspira confiança. De facto, merece totalmente a sua
nomeação por este trabalho.
Allison Janney, como a sua mãe, tem também um
grande desempenho. Apesar da sua presença mais forte na primeira metade do
filme, o modo como educou e tratou a sua filha foram cruciais para o modo como
a mesma depois se relacionou tanto com os outros como com o desporto que
pratica. Além disso, ver Sebastian Stan num papel diferente, como aquele que
interpreta nos filmes da Marvel, também prova que o ator merece ser reconhecido
pelas suas capacidades dramáticas. Por seu lado, a personagem de Paul Walter
Hauser é daquelas personagens que só nos apetece dar um soco mas o propósito da
sua personagem é essa por isso, neste departamento, a coisa até correu bem.
Os efeitos especiais podiam estar
um poucos melhores nas seções de patinagem mas nada que distraia daquilo que
está a acontecer.
“Eu, Tonya” merece ser visto pois
conta com uma história interessante, acompanhada de grandes interpretações.
Sem comentários:
Enviar um comentário