Sendo
grande fã de Guillermo del Toro, acho incrível e muito merecedor toda a atenção
que o realizador está a ter com este “A Forma da Água”. Mas, não sei porquê,
este não foi um filme que me levou a correr para as salas de cinema… Tem tudo
aquilo que gosto dele, toda a fotografia e ambiente são os caraterísticos e tem
sempre aquele elemento mágico. Talvez, por ser uma história de amor, não me
tenha puxado tanto, mas vamos lá ver o que se espera daquele que tem 13
nomeações para a noite dos óscares.
Numa
instalação secreta dos anos 60, uma mulher das limpezas muda cria uma relação
única com uma das criaturas lá detidas.
E
foi exatamente aquilo que estava à espera. Tem toda a magia de um mundo criado
por del Toro, mas a história não me entusiasmou tanto como parece a toda a
gente. A relação e o modo como Elisa e a criatura interagem
- já que Elisa apenas consegue comunicar com linguagem gestual - consegue ser
algo diferente do que temos visto habitualmente. Esta é uma relação credível pois
Elisa, que tem dificuldade em se relacionar com outras pessoas para além do seu
vizinho e de Zelda, consegue estabelecer uma relação com alguém que também é
diferente e que está a ser maltratado.
As
personagens estão muito bem desenvolvidas, desde os protagonistas até ao vilão.
Michael Shannon tem um grande papel como o antagonista, um que entendemos os
motivos e que conseguimos, até em algumas alturas, simpatizar.
Guillermo
del Toro consegue, mais uma vez, criar um mundo muito dele e que vale a pena
ver. Assumo que todas as nomeações a ele associadas são merecidas. Contudo,
mesmo tendo gostado da história, não me parece que seja com este filme que o
realizador vai conseguir levar a estatueta, pelo menos é o que me dizem as
entranhas…
A Forma da Água: 4*
ResponderEliminarO pior foi a cena cantada, o melhor foi a parte final.
Cumprimentos, Frederico Daniel.