25/03/2016

Batman v Super-Homem – O Despertar da Justiça (Batman v Superman: Dawn of Justice - 2016)



                O segundo filme de super-heróis do ano traz-nos o confronto entre duas das mais conhecidas personagens da nossa cultura. E a tarefa a que o realizador Zack Snyder se propôs não é nada fácil: tem de introduzir um novo Batman, mete-lo ao soco com Super-Homem e, ao mesmo tempo, preparar o caminho para o filme da Liga da Justiça.
                Depois de toda a destruição que Super-Homem causou em Metropolis, em “Homem de Aço”, o mundo está dividido sobre se estamos perante um salvador ou um tirano. Bruce Wayne não tem dúvidas que o kryptonian é um alvo a abater e, no plano de fundo, temos Lex Luthor a preparar os seus planos maléficos.
                A internet explodiu em revolta quando se soube que Ben Affleck ia interpretar a nova reencarnação de Batman no grande ecrã. E, depois de ver o filme, há que reconhecer que Affleck é o melhor Batman que tivemos até agora. É uma personagem mais velha, que já passou por tanto mal e destruição que já não acredita no bem e que é extremamente implacável. E está também numa das melhores cenas de ação do homem-morcego de sempre.
                Henry Cavill está mais à vontade no papel embora, em muitas situações, o seu diálogo não seja do mais interessante. Além disso, a sua relação com Amy Adams também foi mais desenvolvida e está mais credível. Jesse Eisenberg como Lex Luthor também foi uma boa surpresa, pois retratou um génio paranoico, que também quer que Super-Homem desapareça do planeta de forma permanente. Gal Gadot como Mulher Maravilha também não ficou muito mal embora, verdade seja dita, não a vejamos durante muito tempo (e ainda bem porque o filme também não é sobre ela).
                O problema é que a história é uma salgalhada. É parte Homem de Aço 2, parte uma origem para Batman e ainda um início para a Liga da Justiça. Muitas histórias que não conseguiram ser bem misturadas, passando de uma para a outra sem razão aparente e sem causar verdadeiro impacto em qualquer delas. Sim, a batalha entre os dois protagonistas está muito bem-feita e com grandes cenas, só que o motivo que os levou à batalha e como ela acabou não é necessariamente a mais interessante.
                Mas, embora a história seja uma mistela, não se pode acusar Snyder de não conseguir criar um filme com uma estética invejável. O mesmo se pode dizer para as cenas de ação.
                Embora “Batman v Super-Homem – O Despertar da Justiça” não seja o filme espetacular pelo que estava à espera que fosse e que poderia ser, não deixa de ser um bom ponto de partida para o universo cinematográfico da DC.


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