02/02/2015

A Teoria de Tudo (The Theory of Everything - 2015)





                Este filme, nomeado para cinco Óscares da Academia (incluindo para melhor filme, melhor ator e melhor atriz), fala-nos sobre o relacionamento sobre o famoso físico Stephen Hawking e a sua mulher, Jane Hawking.
                [Spoiler alert] Houve uma coisa que não estava à espera: a carreira de Hawking ficou muito para segundo plano. Claro que os momentos mais importantes são apresentados mas não têm o grande impacto que deveriam ter. Para ser justo, este é um filme sobre relações (o filme é baseado no livro escrito pela ex-mulher de Hawking) e não sobre carreiras profissionais mas, no início, parecia que ia haver algum investimento nesta parte mas parou aí.
                Eddie Redmayne consegue aqui um grande desempenho, sendo um bom indicador disso o facto de, em algumas situações, parecer que estamos a ver, de facto, a pessoa retratada. O espírito positivo com que levou à frente a sua doença (esclerose lateral amiotrófica) é incrível e o modo como Redmayne vai interpretando cada etapa da doença está ao melhor nível. E esta grande interpretação é acompanhada por outra igualmente grande, nomeadamente Felicity Jones, que faz de mulher do protagonista e que incorpora totalmente o papel, ao ter de lidar com o que sente pelo marido e pela progressão da sua doença.
                O que não me agradou muito foi a caraterização das personagens. Desde o ano em que os conhecemos, 1963, até pelo menos mais de 30 anos depois, as suas caras pouco mudam. É verdade que roupas e penteados vão sendo devidamente atualizados mas, no final, não parecem muito mais velhos que no início.
                O meu grande problema com este “A Teoria de Tudo” é o mesmo de “O Jogo da Imitação”: dois bons filmes biográficos, mas sem assim nada de especial. São bons, os seus protagonistas têm boas interpretações, a sua banda-sonora e localizações estão a um bom nível porém fica por aí. Não há nada que os eleve para o patamar da estatueta dourada de maior impacto. Verdade que as vidas e feitos dos protagonistas são impressionantes, mas não me conseguem cativar de forma abismal.
                Posso dizer que é um bom filme biográfico, que vai agradar para quem quiser conhecer o famoso físico e a sua vida mais pessoal.


Sem comentários:

Enviar um comentário