05/02/2015

Foxcatcher (2015)



                Este “Foxcatcher” deixou-me, inicialmente, entusiasmado, tanto pelo seu elenco (a hipótese de ver Steve Carell como vilão), como pelo seu realizador, Bennett Miller, que conseguiu criar com “Moneyball” um bom filme sobre desporto, quando o meu interesse em basebol é nulo.
                Os irmãos Schultz, campeões de luta de livre, juntam-se à equipa Foxcatcher, criada e organizada pelo multimilionário John du Pont. Mas, à medida que se aproximam os Jogos Olímpicos de 1988 esta relação vai-se desmoronando cada vez mais.
                Steve Carell consegue aqui interpretar uma personagem que não estamos habituados a ver, em vez de algo mais cómico, estamos perante uma personagem que se acha muito importante e que aos poucos vai entrando cada vez mais no mundo da insanidade.
                Para mim o maior problema deste “Foxcatcher” é o ritmo com que Miller nos traz toda a ação. Um passo demasiado calmo e pousado que faz com que, em algumas situações, o filme se torne algo aborrecido, e nada de interessante esteja a acontecer.
                Tanto Channing Tatum como Mark Ruffalo fazem um bom trabalho a interpretar os dois irmãos, embora a nomeações para melhor ator secundário ao segundo me pareça um tanto exagerada. A sua relação, o modo como a personagem de Tatum (Mark Schultz) tenta a todo o custo sair da sombra do talento do irmão e ganhar uma reputação e família para apenas ele, consegue ser bem representada.
                O tom sóbrio e negro durante todo o filme remete-nos logo para uma conclusão trágica, mesmo sem saber que acontecimento foi esse de antemão.
                Mais um filme biográfico, que vale mais pelos seus atores (nomeadamente Carell) do que pelo filme em si.



Sem comentários:

Enviar um comentário