Um filme que pensava, inicialmente, que teria a sua dose de nomeações para
as estatuetas douradas, acabou por ter apenas uma: o de melhor banda-sonora. E,
supostamente, tinha todos os ingredientes para ser um sucesso entre a Academia.
Passa-se durante a Segunda Guerra Mundial e conta a história de um fugitivo
judeu e de uma criança, cuja família lhe deu guarida.
A jovem Liesel, de 12 anos, é entregue a um casal após a sua mãe ter fugido
da Alemanha por ser comunista. Sem saber nem ler nem escrever, Liesel vai ter
de se adaptar a uma nova realidade. Com a ajuda do seu novo pai, Hans, e do seu
amigo, Rudy, descobre, nos livros, um reconfortante refúgio aos difíceis tempos
que se faziam sentir.
Desde já posso dizer que
gostei da escolha para narrador: nem mais nem menos, a Morte. Não que o diga
diretamente mas, as várias insinuações e a maneira como as faz, tornam muito
interessantes os momentos em que intervém.
A narrativa, embora interessante, parece arrastar-se na parte inicial, com
os melhores momentos a restarem para a segunda parte. O filme consegue ser
dramático e tocante nas doses certas, conseguindo deixar quem o vê ansioso para
saber o final desta bonita história.
Em termos de interpretações também não fomos mal servidos. A pequena Sophie Nélisse consegue fazer
uma boa interpretação, Geoffrey Rush e Emily
Watson, o pai e mãe da protagonista respetivamente, fazem também um bom
trabalho, um com uma vertente mais cómica e a outra com um grande coração,
embora nem sempre o mostre.
Um filme interessante e comovente.
Sem comentários:
Enviar um comentário