07/11/2013

O Jogo Final (Ender's Game - 2013)



                Baseado no romance de Orson Scott Card temos aqui uma agradável surpresa. Estava à espera que fosse só mais um filme de ficção-científica com muito fogo-de-artifício à mistura. Felizmente temos um argumento sólido a acompanhar todos os efeitos. 
                A Terra foi invadida por uma raça extraterrestre mas conseguiu empurrar os seus adversários. Com medo de uma segunda invasão cabe à adaptabilidade dos jovens impedir que isso aconteça, e Ender Wiggin é a nossa melhor hipótese. 
                Será que os meios justificam os fins? Essa é uma das mais importantes questões que o filme nos apresenta, será que treinar crianças como se fossem soldados e sacrificar as suas vidas em prol de salvar o planeta é justificável? E aniquilar uma raça inteira só porque pode haver a possibilidade de nos atacarem? São estes os argumentos que tornam a história de “O Jogo Final” diferente e mais cativante. Mas verdade seja dita que muito disto é mais na segunda metade do filme. 
                Asa Butterfield consegue fazer um bom trabalho como o genial estratega Ender, e depois de “A Invenção de Hugo” o jovem ator parece que está cada vez melhor. Harrison Ford consegue também fazer um bom papel como a figura autoritária. Estava à espera de mais de Ben Kingsley e Viola Davis, mas enquanto o primeiro precisa de um papel melhor, a segunda só precisava de mais tempo de ecrã.
                 O maior problema de “O Jogo Final” é o mesmo problema que assombra este tipo de obras, ainda têm muito para dizer. Toda a ação se passa a um ritmo muito elevado, porque há muito coisa para dizer e o tempo não é muito para o fazer. E isso nota-se nas decisões das personagens, que mudam as suas ideias muito rapidamente. 
                A juntar uns incríveis efeitos especiais fazem com que o último filme de Gavin Hood tenha sido uma boa surpresa.


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