Carrie (2013)

                Para ser sincero, se não fosse a cena do baile de finalistas, o filme de Brian de Palma de 1976 não teria o impacto que teve. E agora, passados mais de 30 anos, cabe à realizadora Kimberly Peirce apresentarmo-nos o remake, com Chloë Grace Moretz como a protagonista. Então como é que preferem os vossos remakes? Daquele que altera o original de tal maneira que parece um filme diferente? Ou então quando é uma cópia quase exata do original? Se escolheram o segundo estão com sorte.

                Carrie é uma tímida rapariga do secundário que é oprimida tanto pelos seus colegas como pela sua incrivelmente religiosa mãe. Mas, quando Carrie começa a desenvolver poderes telecinéticos as coisas vão mudar.

                Para mim o filme começou muito mal, a cena da gravidez era totalmente escusada, com o original a ganhar pontos aqui. Mas essa é uma das poucas alterações, já que em algumas situações parece que estamos a ver o original mas atualizado. Algumas das alterações devem-se por causa dos avanços técnicos, com algumas cenas em que podemos ver mais dos poderes de Carrie, mas em algumas situações menos tinha sido mais. Ao tentar mostrar efeitos mais bonitinhos acabam por estragar as partes finais do filme.

                Será que os atores conseguiram fazer-nos esquecer as prestações originais? Sim e não. Gostei mais da prestação de Chloë Grace Moretz do que a de Sissy Spacek, talvez pela maior semelhança entre a idade da atriz e a idade da personagem, mas Moretz consegue também aqui uma boa prestação naquele que é o seu primeiro filme como protagonista. Já Julianne Moore faz uma interpretação mais leve do que aquela que a personagem merecia.

                Se gostaram do original muito provavelmente vão gostar deste, já que salvo algumas pequenas coisas, os filmes são iguais.