11/09/2012

360 (2012)


               “360” apresenta-se como um drama diferente por um único motivo: não segue uma pessoa ou grupo de pessoas; em vez disso, temos uma história bastante fragmentada mas encadeada que segue vários indivíduos diferentes.
               Vou explicar isto com um exemplo. Tudo começa com uma mulher que se vai iniciar no serviço de acompanhantes. Após se encontrar com um cliente, passamos a segui-lo e, quando esse cliente vai ter com a família, essa família passa a ser o foco da câmara e por aí adiante.
               Embora seja uma maneira diferente de ver um filme, não é muito agradável. Simplesmente porque, dessa maneira, se torna difícil relacionar com as personagens, não conseguindo criar a ligação necessária para que a história possa prevalecer.
               E certamente não é por não ter membros capazes no elenco, pois conta com nomes como Anthony Hopkins e Jude Law mas, graças a estrutura do filme, não têm o seu devido tempo na tela, dando a impressão que a sua utilização foi só devido ao nome que carregam.
               A mensagem essencial do filme é que a decisão que se toma pode influenciar outras pessoas que poderão pertencer a círculos mais próximos ou não, de maneiras que não são previsíveis. E, nisso, o filme é bem-sucedido, mas mais nada, pois perde-se pelo caminho.
               Não é trágico, mas também não é bom.

Nota:2/5                

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