26/11/2018

Venom (2018)


            Parece que a Sony está a tentar criar o seu universo cinematográfico, de super-herois baseado em personagens do Homem-Aranha, só que sem ele. E, se é para o fazer, ao menos escolheram uma boa primeira personagem, já que Venom é dos vilões mais conhecidos do aranhiço.
            Eddie Brock adquire grandes poderes ao se juntar a um ser vindo do espaço, para conseguir salvar a sua vida.
            Este filme tinha tudo para não ir a bom porto. Os trailers não foram maus mas todas as outras informações vinda do outro lado do Atlântico não traziam as notícias mais encorajadoras. Mas, por incrível que pareça, “Venom” não é mau - é claro que não é um dos melhores filmes do gênero, aliás, não entra para o top 3 deste ano - mas acaba por ser jeitosinho.
            O grande chavão é a interação entre Eddie e Venom, que fazem todo o filme valer a pena. A interação entre personalidades tão díspares uma da outra é daquilo que o filme devia ter mais, já que temos uma primeira parte demasiado demorada, sem grande interesse, que talvez, se contada de maneira diferente, podia tornar o filme mais sólido.
            Tom Hardy traz Eddie Brock ao cinema de uma maneira bem mais sólida que em “Homem-Aranha 3” (o que também não é difícil) e  é o único que consegue sobressair no elenco. Michelle Williams não transmite grande dinamismo e Riz Ahmed é um vilão totalmente genérico, sem grande interesse, e não é uma personagem muito ameaçadora.
Os efeitos e poderes de Venom estão muito bem apresentados, já que consegue impor-se e ser uma ameaça a quem quer que o enfrente. O problema da película é não ter aparecido mais disto. O meu maior problema é mesmo com o argumento, que nos traz uma primeira parte de treta e várias personagens desinteressantes.
Venom conseguiu ser uma boa surpresa e os problemas podem ser facilmente ser resolvidos numa futura sequela.


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