07/02/2017

La La Land - Melodia do Amor (La La Land - 2017)



            Este é o filme deste ano que todos falam e que tudo ganha, tendo conseguido umas impressionantes 14 nomeações para os Óscares. Por isso, quem o vai ver, sabendo isto tudo, começa a ter expectativas consideráveis (embora talvez injustas). Musicais sempre gostei, e aqueles que não gosto não é por serem musicais, é apenas por não serem bons filmes. Daí, quando o realizador de "Whiplash", Damien Chazelle, se mete num musical, e tem o par de Emma Stone e Ryan Gosling como protagonistas, a coisa só pode ser boa.
            “La La Land – Melodia do Amor” mostra-nos o início da relação entre um pianista e uma aspirante a atriz.
            Podem começar a acender as tochas porque, embora estejamos perante um bom filme, não é nada de extraordinário. Talvez como se passa em Hollywood e envolve um duo em busca dos seus sonhos, um no mundo das produções e o outro no mundo da música, tenha criado alguma simpatia/empatia.
             O duo de atores volta a formar um par romântico depois de "Amor Estúpido e Louco" e a química deles continua impecável. A história de paixão que se cria entre eles é rápida, intensa e credível. Tudo isto embelezado por boas interpretações, principalmente por Emma Stone, já que o filme também está mais virado para o lado dela. Agora se merece ganhar o Óscar? Não sei, pois ainda me falta ver as outras nomeadas mas apenas com uma interpretação isolada acho que não, porque muita da força da interpretação deve-se ao duo. Se houvesse uma categoria para isso podiam ganhar, mas agora como membros isolados já não me parece. Por exemplo, Gosling, embora tenha um bom desempenho aqui, penso que tenha mais alma no seu papel em “Bons Rapazes”; claro que são filmes e personagens totalmente diferentes mas, mesmo assim, tenho a minha escolha feita. 
            Os momentos musicais estão de grande qualidade, com músicas que ficam no ouvido e com uma boa coreografia. Mas não são nada de extraordinário. Um bom ponto de partida para gostar da película é gostar de jazz, já que a parte musical é fortemente baseada neste género. E convém estarem no modo romântico, porque senão não vai ajudar nada nadinha. O momento final do filme é um destaque, já que mostra algo que não se está à espera de uma maneira interessante e que combina com o que foi mostrado anteriormente. 
            Pode parecer que não gostei do filme, mas não é verdade. Até gostei consideravelmente, apenas acho que não é um filme que mereça tudo que está a ganhar.


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