09/10/2016

Snowden (2016)



                O tema da vigilância constante é algo interessante e sempre capaz de dar uma boa discussão. Por isso, que tal fazer um filme em torno da situação mais recente que veio ao público, quando Edward Snowden revelou informações confidenciais sobre a NSA e a CIA. O problema é que este pode ser mais “O Quinto Poder” que, embora não seja um mau filme, não cumpriu com todas as expetativas. Desta vez, temos Oliver Stone a realizar, o que é uma mais-valia.
                Há a questão daquilo que Snowden fez foi patriótico, ou se deve ser tratado como um traidor. E nesse departamento Stone diz muito claramente que estamos perante um herói. É verdade que temos algum discurso de conservadores vs liberais, só que está mais presente na parte inicial do filme, e muitas vezes não é totalmente explorado. Seguimos mais a vida de Snowden e o porque é que fez o que fez, não se o que fez é “válido” ou não.
                Joseph Gordon-Levitt tem um bom desempenho como o protagonista e rapidamente esquecemos que é um ator a interpretar uma personagem. Shailene Woodley, como o interesse romântico Lindsay Mills, serve para nos ligarmos ao lado humano da personagem, que devido ao seu brilhantismo com os computadores pode alienar o público.
                “Snowden” é um filme interessante, só que muitas vezes alonga-se demais, não acontece nada de propriamente emocionante que facilmente podia reduzir das mais de duas horas de duração do filme. E muitas vezes a conversa sobre computadores e programação, embora necessária, pode afastar algum do público.
                Oliver Stone trouxe-nos um filme biográfico interessante, mas o que podia ser uma boa troca de ideias, muitas vezes se torna numa conversa de um sentido.

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