25/12/2015

Star Wars – O Despertar da Força (Star Wars: The Force Awakens - 2015)



                Sabiam que saiu um novo Star Wars? Claro que sabem! A não ser que tenham vivido debaixo de uma rocha durante os últimos tempos. E, como não podia deixar de ser, para além do filme temos uma quantidade astronómica de produtos relacionados com esta temática. Todo o marketing à parte, este é, provavelmente, um dos filmes mais antecipados dos últimos tempos e, do pouco que nos era mostrado, parecia que íamos voltar à qualidade da trilogia inicial e não das prequelas.
                Passaram-se trinta anos desde o fim do Império e agora a Primeira Ordem tenta controlar toda a galáxia. Só um pequeno grupo de heróis a pode parar, com a ajuda da Resistência.
                O realizador J. J. Abrams tinha a difícil tarefa de trazer “Star Wars” para os tempos modernos, agradar aos fãs antigos, ganhar uns novos e dizer-nos o que se passou nestes trinta anos que estivemos afastados da galáxia. E, felizmente, tudo correu pelo melhor. É verdade que, às vezes, falta alguma informação sobre a história de fundo mas também são trinta anos que temos que acompanhar - é para isso que também servem os próximos filmes. Também se tem dito que “O Despertar da Força” é quase como uma cópia de “Star Wars – Episódio IV: Uma Nova Esperança”, o que não é totalmente correto. É certo que tem alguns pontos semelhantes mas, mesmo assim, esta nova sequela consegue destacar-se por ela própria.
                E que tal o novo casting? Os novos protagonistas são praticamente todos desconhecidos. Temos Daisy Ridley, John Boyega, Adam Driver e Oscar Isaac (bem,  Adam Driver e Oscar Issac não são propriamente desconhecidos mas, mesmo assim, não são nomes imediatamente reconhecidos). E, felizmente, todas estas adições foram bem-executadas e só fizeram bem ao filme. Kylo Ren (a personagem interpretada por Adam Driver) podia ter-se facilmente tornado num Darth Vader mais novo e parolo, no entanto consegue ter uma personalidade e não é um vilão que apenas joga pelo mal. E Daisy Ridley, sendo a primeira vez que a vejo em algo, entregou uma grande prestação; é, sem dúvida, uma heroína que vai valer a pena seguir nos próximos filmes.
Também temos o regresso de velhos conhecidos, como Harrison Ford, Carrie Fisher e Mark Hamill. E a qualidade dos seus desempenhos é por esta ordem. Ford conseguiu trazer de novo Han Solo para o grande ecrã, que nos remete imediatamente para o seu desempenho da personagem nos primeiros filmes desta saga. Carrie Fisher não foi nada de espetacular. Talvez por não entrar em filmes tão frequentemente a sua interpretação não conseguiu trazer nada de interessante. E não quero estragar o que Hamill fez para quem ainda não viu o filme, por isso, apenas digo que podia ter aparecido mais.
                A mistura dos efeitos práticos com os digitais também tiveram um grande tratamento, sendo difícil distinguir entre o de facto está lá e o que foi criado. As batalhas de sabres de luz conseguem ser um intermédio entre as batalhas coreografadas das prequelas e as mais paradas da trilogia original.
                Algumas perguntas que tínhamos sobre o filme foram respondidas mas muitas mais foram colocadas. Este foi um grande “Star Wars” por onde começar de novo.


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