08/10/2015

The Walk – O Desafio (The Walk - 2015)



                Ver a história verídica do equilibrista Philippe Petit e o modo de como conseguiu esticar um cabo e fazer a travessia entre as duas torres do Word Trade Center parecia uma premissa interessante e onde se podia aproveitar bem os efeitos do 3D e do IMAX. E é claro que, com Robert Zemeckis (“Forrest Gump”, “Cast Away”) na cadeira de realizador, tínhamos tudo para que “The Walk - O Desafio” seja um filme interessante.
                Só que houve muitas coisas que não gostei no filme. A primeira foi logo no início do filme, quando descobri que o filme vai ser narrado durante muito tempo, tinha preferido que fosse mais do estilo voice-over e não a ter mesmo a sua presença. Também o sotaque francês de Joseph Gordon-Levitt incomodou-me durante a maior parte do filme, algo que não estava à espera que acontecesse.
                Até ao derradeiro momento, a história também se alonga um pouco. E, embora seja interessante saber a jornada, não cativa o espectador. É necessária para que o final consiga criar o mesmo efeito mas, mesmo assim, acho que podia ter sido tratado de outra maneira. 
                E, quando, finalmente, chega aquilo de que estávamos à espera, recebemos a recompensa de tão longo suspense. O 3D ajudou a criar a sensação de grande escala necessária para apreciar o feito e, provavelmente em IMAX, a imersão ainda é melhor. Só que quando apenas temos duas destas salas em todo o país, quer dizer que quase ninguém vai conseguir viver bem o filme, já para não falar do preço dos bilhetes, que não são muito convidativos. O que levanta outra questão: se apenas funciona quando se vê no cinema, quando for o lançamento em DVD e nos videoclubes as coisas não vão correr tão bem.
                Gordon-Levitt consegue fazer uma boa interpretação (tirando o já referido sotaque), ao apresentar a paixão e total obsessão de Philippe Petit, que faria de tudo para poder concretizar o seu sonho. É pena é que os restantes elementos do seu grupo não tinham tido direito ao mesmo desenvolvimento.
                Uma jornada que para ser verdadeiramente apreciada tem de ser vista em condições.


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