18/01/2015

O Jogo da Imitação (The Imitation Game - 2015)


                Com oito nomeações para as estatuetas douradas, este “O Jogo da Imitação” já me tinha captado a atenção, principalmente para ver como se iria portar o protagonista Benedict Cumberbatch.
                Durante a Segunda Guerra Mundial, o matemático Alan Turing é contratado para descodificar Enigma, a máquina que codificava todas as mensagens enviadas pelos alemães.
                Como qualquer filme biográfico que se preze, o protagonista é que é a grande estrela. Cumberbatch consegue aqui uma das suas melhores interpretações (merecendo, justamente, a nomeação para o Óscar de melhor ator). Turing é um génio introvertido que tem de esconder a sua homossexualidade e que é atormentado por todos por ser diferente. Com um dos melhores momentos a acontecer mesmo no final do filme.
                O restante elenco, que conta com nomes como Mark Strong, Matthew Goode e Keira Knightley (nomeada para melhor atriz secundária), conseguem criar uma melhor ambientação e ajudam o filme a crescer. Mas, mesmo assim, a nomeação de Knightley parece-me um tanto exagerada.
                O argumento, embora interessante, falta-lhe algo. Chamemos-lhe os “pozinhos” para elevar a história para outro nível. Não que a descoberta da solução de Enigma não seja interessante mas a jornada até lá chegar não é empolgante que chegue. E então, quando começou a meter espiões, pior.
                “Que tal a banda-sonora?”, perguntam-me vocês. Nisso sim, o filme consegue acertar em cheio, com músicas envolventes que nos são trazidas Alexandre Desplat e que, sem dúvida, ajudaram a criar toda a ambientação dos anos 40.
                Mesmo com nomeações em grandes categorias, como melhor filme, melhor realizador, melhor ator e melhor atriz secundária, só vejo o filme a ter mais hipótese no de melhor ator. Verdade seja dita, ainda não vi quase nenhum dos principais candidatos mas parece-me que só se for em alguma categoria mais técnica que este “O Jogo da Imitação” vá levar algum prémio para casa.
                Um filme biográfico que tem quase todo o seu poder na incrível interpretação de Benedict Cumberbatch e na sua contextualização.
  




Sem comentários:

Enviar um comentário