20/09/2014

Maze Runner - Correr ou Morrer (The Maze Runner - 2014)



                Não é novidade que as adaptações de livros para o público mais jovem conquistaram o cinema. Agora chegou a vez de “Maze Runner”. Não tenho nada contra filmes que se passem num labirinto gigante, mas é melhor ter sempre cuidado com o que aí vem. E já para avisar, este labirinto não tem nenhum minotauro. 
                Thomas foi deixado no meio de um labirinto sem qualquer memória. É obrigado a juntar-se à colónia de rapazes que lá vive e vai-se tornar um runner para tentar fugir do labirinto. 
               Vou começar pelo que menos gostei do filme: o seu final. Mais concretamente toda a parte final. Antes de mais, eu não fazia a mínima ideia que o livro (no qual se baseia o filme) faz parte de uma trilogia. O problema é que este filme não acaba de uma boa forma, apenas deixa mais questões para a possível sequela. E eu gosto de ver um filme com introdução, desenvolvimento e conclusão – ou, no bom português, cabeça, tronco e membros. 
                Se tirarmos esse grande detalhe, o filme até se vê bastante bem. O cenário pós-apocalíptico está bem construído e não parece “acriançado”. E, enquanto a premissa inicial é interessante, o resto está praticamente visto, tanto pelo protagonista que entra em cena e que,  de repente, descobre logo uma possível saída do labirinto até ao vilão que faz de tudo para que isso não aconteça. 
                 O jovem elenco também tem pontos positivos e negativos. O protagonista Dylan O'Brien tem uns bons momentos mas, na maior parte das situações, tem uma interpretação muito mecânica. Kaya Scodelario, como o único elemento feminino no filme, também não ajuda muito mas aí a culpa é mais da personagem do que da atriz. O elenco secundário são as personagens tipo que já se está habituado a ver neste tipo de filmes. 
                O labirinto consegue ser o elemento mais interessante do filme, conseguindo uma atmosfera claustrofóbica e que mantém sempre a expectativa de que pode aparecer um dos seus terríveis habitantes. 
                Um filme que se tivesse uma conclusão melhor trabalhada podia ser melhor. Mas consegue valer a pena por toda a sua envolvência. 


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