15/11/2013

A Mentira de Armstrong (The Armstrong Lie - 2013)



                Este filme era inevitável. Mas só é graças a dois motivas, devido ao mediatismo do protagonista e ao aumento da importância dos documentários nos cinemas. Aqui vamos ter tanto uma crítica como uma justificação de toda a conduta e da relação do atleta com o dopping. 
                Aqui temos a história do ciclista Lance Armstrong. A derrota do cancro, as suas 7 vitórias seguidas na volta de França, as suas constantes acusações de uso de dopping, o seu regresso ao ciclismo em 2009 e a sua confissão do seu uso em 2013. 
                O filme não se centra unicamente na carreira de Armstrong, é igualmente uma crítica a todo o ciclismo e ao seu uso de drogas para aumentar a performance. E esta é uma das defesas que o filme apresenta ao protagonista, numa altura em que todos faziam batota ele era apenas mais um. Por outro lado, as suas contínuas e vigorosas negações e o modo como “destruía” todos aqueles que se virassem contra ele mostram o lado demasiado competitivo e agressivo do atleta. 
                Praticamente todos os ex-colegas de equipa de Armstrong fazem denúncias contra ele, e depois ele nega e contra-ataca. E é pouco mais que sabemos da sua vida pessoal, focando-se mais nos últimos anos do século XX e nos primeiros do século XXI. O como de um sobrevivente do cancro consegue entrar numa das provas mais exigentes do ciclismo e vencer. Uma das coisas que não fica bem explicada é o seu regresso em 2009, e tudo o que se passou de seguida é apresentado muito resumidamente. 
                Alex Gibney, sendo um amigo do atleta, consegue apresentar uma relação mais íntima e em primeira mão de todos os acontecimentos. É um documentário que mesmo que não gostem do desporto consegue ser interessante.


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