17/11/2013

Dá Tempo ao Tempo (About Time - 2013)



               
                Não vejo romances com frequência – pronto, quase nunca. Por essa razão, para sentir a mínima motivação para ver algum, tem de haver algo que o distinga. Este tem viagens no tempo o que, no mínimo, é invulgar neste tipo de filmes e, mesmo sabendo que essa vertente não deveria ser muito explorada no enredo, levou-me a dar uma hipótese a “Dá Tempo ao Tempo”. 
                Ao atingir os 21 anos, Tim descobre que todos os elementos da sua família do sexo masculino têm uma pequena caraterística - conseguem viajar no tempo, no tempo da sua vida. Tim decide, com esta habilidade, dar um jeito na sua vida amorosa, ou melhor, arranjar uma. 
                O filme foi uma agradável surpresa. Claro que, na parte das viagens do tempo, não foi muito aprofundado. Estes regressos ao passado têm apenas algumas regras mas conseguem estar bem incorporados na história, sem causando paradoxos,  e é uma boa maneira de fazer o filme sobressair. 
                Gostei do filme porque também não era bem um romance: cerca de metade dele é um drama. Mas é um drama muito bom, com questões sobre largar o passado e enfrentar o futuro e como enfrentar sempre o dia-a-dia com espírito positivo. Não é o argumento perfeito mas conseguiu-me convencer. 
                Em termos de elenco também estamos bem servidos. Rachel McAdams faz um papel que não está muito longe do seu habitual e Domhnall Gleeson consegue convencer como protagonista. Contudo, para mim, o grande Bill Nighy consegue fazer uma interpretação muito boa, conseguindo ser alegre e ao mesmo tempo comovente. 
                O filme consegue apresentar uma ambientação alegre quando deve e, nos momentos mais sérios, consegue ser envolvente sem chegar a ser deprimente. Um filme, sem dúvida, a ver!


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