17/10/2013

Filmes que Marcaram: Jorge Teixeira, Caminho Largo



Porque o Cinema se traduz e se faz acima de tudo através de movimentos, identidades e pluralidades, estruturo e exponho os "Filmes que (mais me) marcaram" segundo as culturas e/ou vertentes principais que tive, até à data, a oportunidade e o privilégio de conhecer e, a partir daí, de abrir portas para os diferentes e múltiplos sentidos que o Cinema pode expressar, no que influenciou e define construtivamente hoje em dia a minha cinefilia. Sem referenciar todos, apenas os mais importantes e fracturantes, e sem qualquer ordem de preferência, ei-los:





The Lion King (1994), de Roger Allers e Rob Minkoff

O filme que me despertou para o audiovisual, para a animação séria, competente e capaz de incentivar e incendiar as repetições e as emoções.





Jurassic Park (1993), de Steven Spielberg

O filme que me ofereceu o entretenimento voraz, efusivo e espectacular de Hollywood, e aquele que motivou a inesgotável imaginação.








The Lord of the Rings (2001-2003), de Peter Jackson

O filme (a trilogia) que me apresentou o Cinema, o potencial e verdadeiro Cinema e todo o trabalho de produção, onde o espectáculo se alia à Arte de contar e explorar uma história e todo um universo possível e passível de ser transposto para a memória.





El Laberinto del Fauno (2006), de Guillermo del Toro

O filme que me abriu as portas para a versatilidade e para a pluralidade de línguas, de origens e de culturas no Cinema (ainda que se inserindo, em parte, na dominante).



 

 Per Un Pugno di Dollari (1964), de Sergio Leone

O filme que me deu a conhecer outros conceitos e outros acabamentos nesta área, nomeadamente os chamados filmes de Série B (e por aí adiante), em especial o género e sub-géneros do Western.





12 Angry Men (1957), de Sidney Lumet

O filme que me catapultou, literalmente, para os clássicos do Cinema, no seu largo e diversificado espectro, em particular para a época de ouro de Hollywood, mas não só.





 Sunrise: A Song of Two Humans (1927), de F.W. Murnau

O filme que me mostrou e me demonstrou o poder, a influência e a beleza do Cinema mudo, a sua forma, o seu estilo, a sua presença, a sua diferença e o seu papel decisivo para a evolução e para a compreensão da Sétima Arte.





Ivan's Childhood (Ivanovo detstvo) (1962), de Andrei Tarkovsky

O filme que me induziu e me atraiu para o Cinema mais filosófico, mais espiritual ou mais artístico, digamos. Aquele que me sugeriu e me levou a descobrir, ainda hoje, cineastas de outra estirpe, de outro Cinema mais alternativo.






Hero (Ying Xiong) (2002), de Yimou Zhang

O filme que me estimulou para o Cinema Oriental, para o outro lado, para outro tipo de cultura, de abordagem e de pensamento, que nunca se esgota e que imprime invariavelmente o seu cunho de realidade e ficção.





Le Mépris (1963), de Jean-Luc Godard

O filme que me concedeu o entendimento e a exploração da Nouvelle Vague, um dos principais, senão o principal, movimento que o Cinema já (se) desenvolveu.







Roma, Città Aperta (1945), de Roberto Rossellini

O filme que me suscitou a descoberta do Neorrealismo Italiano, movimento ímpar na história do Cinema, que impulsionou e "paternalizou" posteriormente muitos e bons realizadores.





Late Spring (Banshun) (1949), de Yasujirô Ozu

O filme que me ensinou retroactiva e genuinamente o Cinema de Autor, puro, belo, autêntico e sincero como nenhum outro tipo de fazer e ver Cinema. Do mais legítimo e natural que possa haver.







Stagecoach (1939), de John Ford

O filme que me revelou decisivamente a força da referência e da influência que determinados filmes ou autores possuem e que depois arremessam a toda uma série de registos além fronteiras (temporais e espaciais).





Aniki Bóbó (1942), de Manoel de Oliveira

O filme que me introduziu, de uma vez por todas, no Cinema Português e na sua qualidade e originalidade, capaz, como todos, de emocionar, de consciencializar, de entreter e de ensinar.

2 comentários:

  1. Obrigado pelo convite e pela oportunidade em colaborar. O desafio foi interessante e muito prazeroso, pelo que a Sala3 está de parabéns pela bela iniciativa, tal como a blogosfera em geral só pode agradecer por se sentir desta forma refortalecida.

    Cumprimentos,
    Jorge Teixeira
    Caminho Largo

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    1. Bela Lista Jorge! Gosto especialmente da inclusão do Ivan's Childhood e do Sunrise :)

      Cumprimentos,
      Rafael Santos
      Memento mori

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