Jobs (jOBS - 2013)

                Não foi surpresa para ninguém que este filme ia ser lançado. E quer sejamos fanáticos ou odiemos a Apple e a sua figura mais conhecida, é impossível não admitir que alterou o estilo de vida para milhões de pessoas. Mas, vamos ter aqui um filme que transforma Jobs num Deus ou uma dura crítica. 
                Temos dos dois. Temos aqui o génio e a besta, e ele sem dúvida tinha abundância dos dois. Há uma maior incidência na altura em que Jobs e os seus colegas criam a empresa, assim como a altura em que Jobs foi expulso. Já algumas situações, assim como os sucessivos falhanços da empresa, as várias disputas entre outras grandes empresas, tais como a IBM e a Microsoft, e os anos mais recentes não foram muito bem explorados. É verdade que condensar toda uma vida em duas horas é uma tarefa ingrata, vai haver sempre alguém que gostava de ver um ou outro episódio mais bem explorado, mas mesmo assim o trabalho final consegue ser muito competente. 
                E Ashton Kutcher? Conseguiu interpretar de forma eficaz este ícone da tecnologia? Sem dúvida que sim, este é provavelmente uma das melhores interpretações do ator. Conseguindo imitar muitos dos tiques de Jobs. Contudo, embora quase todo o filme esteja nos ombros de Kutcher, o ator é acompanhado por um elenco secundário capaz e interessante.  
                Acho que todos ganham em ver este filme, gostemos ou não da personagem. Temos o início em que se tem uma ideia genial, o meio da ruína tanto profissional como pessoal, e por fim o regresso do filho pródigo. 
                De certeza que vai ser a primeira de muitas adaptações, e se forem todas com esta qualidade até que pode ser.