Primeira longa-metragem do filho
de emigrantes Ruben Alves, e já tendo ganho o coração dos portugueses, é de
esperar uma boa representação daquilo que os portugueses passam fora das
fronteiras da pátria. Maria e José já estão há mais de 30 anos a morar em Paris. E, ao longo deste tempo tornaram-se uma parte indispensável de um a pequena comunidade. O prédio onde Maria é porteira já não pode sobreviver sem ela, e a em presa de construção onde José trabalha está arruinada sem ele. Mas, quando a oportunidade de voltarem para a sua pátria será que vão?
Vou ser sincero, depois de toda a campanha em volta do filme e da sua qualidade, estava com grandes expetativas. E a meio do filme fiquei preocupado que ia sair desapontado, mas a segunda parte foi em grande, com alguns momentos fortes que por si só valem a pena ir ver o filme.
O grande trunfo do filme é que, de facto, é possível identificarmo-nos nas personagens que nos são apresentadas. As suas reações, atitudes e linguagem são bem caraterísticas e são apresentadas com um grande elenco. Com claro destaque para as grandes interpretações do casal de Rita Blaco e Joaquim de Almeida.
O argumento embora funcione, para a parte final começa a revelar algumas falhas e algumas das histórias são esquecidas para que tudo possa acabar bem no fim.
É um grande filme português e que sem dúvida deve ser visto por todos nós.
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