27/06/2013

Homem de Aço (Man of Steel - 2013)



                As últimas duas aventuras deste super-herói da DC Comics não correram da melhor maneira, por isso não é de admirar que um reboot tenha demorado tanto tempo a acontecer. Mas as coisas agora são diferentes, os filmes de super-heróis estão em grande e, na sua maioria, de grande qualidade. E é nesta nova era que as aventuras do homem de S no peito estão em cargo de pessoas que nos trouxeram “Watchmen” e os últimos “Batman”. 
                Todos conhecemos a história de Clark Kent que, aqui, é apresentada de maneira diferente. Clark é obrigado a andar sempre na estrada pois, sempre que ajuda alguém, para evitar ser perseguido e que não lhe façam perguntas, tem de andar sempre a fugir. Mas, quando o temível General Zod, do seu planeta natal, ameaça destruir toda a Terra, Clark vai ter de confrontar o mundo e a si mesmo. 
                Em o “Homem de Aço” vemos que a política de tanto da DC Comics como de Cristopher Nolan se mantém iguais: tornar os filmes mais humanos e apresentá-los como se na realidade acontecessem. 
              O que me surpreendeu mais? O início. Nunca antes num filme do herói nos foi apresentado tanto detalhe de Krypton e dos motivos que levaram a que o planeta fosse destruído e por que Jor-El e Lara Lor-Van foram obrigados a mandar o seu filho para a Terra. Os flashbacks da infância e adolescência do jovem Clark no início pareciam-me um pouco desapropriados (basicamente porque estava a desviar a atenção da história principal) mas depois até mudei a minha opinião, visto a se enquadrarem bem no panorama geral do filme. 
                E, embora as coisas se desenrolem com bastante calma, quando os kryporianos começam ao soco, a coisa é a sério. Se pensavam que em “Os Vingadores” havia muita destruição, então preparem-se para tudo um patamar mais acima. Infelizmente, isso era um pouco escusado; tanta destruição, principalmente, na parte final, não era propriamente necessário. 
                Os momentos de ação estão a um grande nível, mostrando combates incríveis entre seres que são praticamente deuses. E mesmo a batalha final tem uma incrível parecença com a última batalha da trilogia Matrix, entre o Neo e o Agente Smith. 
                Tudo isto é possível ao bom trabalho de realizador Zack Snyder e de todo o elenco. Henry Cavill é um incrível protagonista e, certamente, merece estar em futuras sequelas. Aqui também temos uma Lois Lane mais ativa em fez de ser sempre a donzela indefesa que precisa de ser salva. E também um grande destaque para os pais biológico e adotivo do herói, Russell Crowe e Kevin Costner, respetivamente. Zod também é um bom vilão, pois entendemos e até compreendemos o porque daquilo que está a fazer. 
                Mas nem tudo são rosas. A juntar à já mencionada destruição excessiva, temos algumas falhas de argumento, com tudo a correr demasiado bem e com uma solução incrivelmente simples para toda a invasão. E, embora haja uma tentativa para humanizar as personagens, parece que foi tudo demasiado simplificado, já para não falar do romance, que parece que apareceu do nada. 
                Um grande novo início para este grande herói. Que mais venham.


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