É preciso admitir, é preciso coragem para fazer um novo Ghost Rider. Voltar a pegar nesta personagem após o trágico primeiro é obra, mas será que valeu a pena?
Não! Não! Ainda não foi desta que esta personagem me conquistou. Pelos trailers até estava com uma pequena esperança, parecia ser um filme de ação pura e dura, e foi para isso que esta personagem foi feita. Não para ter uma grande história por trás, ou momentos comoventes, não, só é preciso um motivo para andar atrás dos mauzões e dar-lhes uma grande dose de porrada. O problema, já no primeiro filme, foi a tentativa em fazer um pouco de tudo, desde tentar dar alguma complexidade à história até tentar criar momentos românticos - o que é escusado e não resulta bem.
Temos de novo Nicolas Cage a interpretar o motoqueiro Johnny Blaze, que sofre uma maldição - é o Ghost Rider, um espírito demoníaco que tem como objetivo castigar todos os que fizeram qualquer mal. Nesta nova película, Blaze tem de salvar um miúdo de vir a ser o próximo anticristo, e pelo meio tentar remover a maldição que o atormenta.
Cage continua a ser ele próprio, uma interpretação razoável com algumas graçolas pelo meio. O restante elenco faz o que pode com o que lhe é dado, o que não é muito.
E naquilo em que o filme se devia sentir mais confortável é onde desilude. As provavelmente menos de meia dúzia de cenas de ação não são nada de especial. Elas Seguem este modelo, exceto em um caso ou outro: o Rider chega, sempre a andar muito devagar para tentar mandar grandes doses de estilo, leva com rajadas de tiros, fica bem e mata-os a todos. E é isto. Uma boa mudança foi a perseguição final, que serviu para cortar um pouco com as restantes cenas.
O 3D está agradável, não se tornando incomodativo e quase uma boa sensação de profundidade e imersão.
Ainda não foi desta que Ghost Rider teve o seu filme. Mas atenção, é sem dúvida melhor que o primeiro filme, o que não era difícil; se fosse pior, aí é que era de louvar. Talvez com um novo começo se dê melhor.
Nota:2/5
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