01/10/2015

Morte Limpa (Good Kill - 2015)



                O ator Ethan Hawke volta a juntar-se ao realizador Andrew Niccol para nos trazer um filme sobre a utilização de drones pelos militares da força aérea dos Estados Unidos da América.
                Depois de várias horas sentado num avião em combate, o piloto da Força Aérea Thomas Egan vê-se agora numa cabine climatizada no deserto do Nevada, a comandar um drone que o substitui nas missões que ele fazia pessoalmente.
                O filme não foi totalmente bem-sucedido na mensagem que queria transmitir. Tenta mostrar como é estar em combate, mas não pessoalmente, e as ramificações que isso pode ter nos pilotos que controlam estres drones.
                E, enquanto conseguimos ver que as missões que Egan tem que fazer são cada vez menos éticas, a sua personalidade começa a mudar um bocado e começa a revoltar-se com a situação. E, embora este ponto esteja bem executado, havia outras mensagens que o filme podia ter utilizado e que desperdiçou; tenta mostrar a influência na vida familiar de Egan e, mesmo assim, nisto é apenas parcialmente bem-sucedido, mostrando-o como um pai ausente e que tem saudade de entrar em combate real. Um tema que podiam ter explorado mais era o uso de drones ao invés de pilotos reais pois assim sempre conseguiria gerar algum tema de discussão.
                Ethan Hawke faz um bom trabalho de interpretação. Mas, verdade seja dita, ele tem apenas de andar de cara séria durante o tempo todo e depois fazer alguma conversa com as outras personagens. Já January Jones tem um desempenho mais interessante, demonstrando ao menos, superior capacidade de interpretação.
                Um filme que se vê bem mas que provavelmente não irá ficar na memória.


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