13/03/2013

Quarta Divisão (2013)


                Joaquim Leitão tenta com “Quarta Divisão” erguer os policiais nacionais para outro nível. E, de facto, consegue-o. Mas a película que se apresenta inicialmente como um policial vai-se revelando mais como um drama familiar, visto que o principal problema apresentado é a violência doméstica.
                Tudo começa quando a Quarta Divisão da PSP é chamada para investigar o desaparecimento de Martim, uma criança de 9 anos que foi vista pela última vez perto do seu colégio. Porém nem tudo é o que parece na suposta família perfeita do pequeno Martim.
                A personagem principal é a comandante desta divisão, Helena Tavares, que é interpretada por Carla Chambel e que se revela como uma anti-heroína extremamente fria, mas que consegue, em alguns raros momentos, demonstrar algum sentimento. E, sinceramente, ela é a personagem que mais se destaca em toda a trama.
                Temos algumas referências, no início do filme, sobre as dificuldades que esta profissão encontra nos dias de hoje mas, como isso não é o interesse principal do filme, rapidamente é ignorado e deixado para segundo plano.
                Contudo o principal do filme é tanto entreter quem o vê como sensibilizar para o processo de muitos dos casos de violência doméstica. Mas a sua duração é demasiado extensa pois, enquanto a primeira parte - o rapto - é interessante e apresenta um bom ritmo, a segunda parte deixa algo a desejar, principalmente em termos de argumento. É que tudo (mas tudo!) corre sempre como eles querem. Desde a descobertas que a protagonista faz sem dar qualquer justificação para as mesmas, até a suspeitos que dizem logo tudo o que sabem.
                Mas, no final de contas, não deixa de ser um bom policial nacional.


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