Quem é que não gosta de ver
robôs gigantes ao soco contra bestas monstruosas? Eu, pelo menos, gosto. E,
pelo facto do filme ter ficado a cargo de Guillermo del Toro, fiquei ainda
maiores expectativas (é verdade que o realizador costuma meter-se em aventuras
que tenham mais substância, mas vê-se que fez este “Batalha do Pacífico” com
grande empenho).Num futuro próximo, a Terra é invadida por Kaiju (“bestas gigantes” em japonês), que aparecem através de um portal no fundo do oceano Pacífico. Para combater esta invasão, a humanidade criou os Jaeger, (que significa “caçador” em alemão), robôs enormes controlados por duas pessoas criteriosamente escolhidas. Mas as coisas não estão a correr muito bem para o nosso lado, por isso, tudo dependerá de um ataque.
Poderei dizer, num primeiro ponto, que os monstros estão incríveis. Toda a caracterização, efeitos, diversidade e comportamento está do melhor. Para mim, foram, sem dúvida, os melhores deste verão (até agora) e, quiçá, uns dos melhores monstros de sempre. Os Jaegers também estão muito bem-feitos; um bom aspeto é haver com diferentes caraterísticas, mais ou menos de acordo com a nacionalidade do robô.
É verdade que, em termos de argumento, não temos assim nada de muito especial. Aliás, para o fim, temos muitas falhas e as personagens são exploradas o mínimo possível para que entendamos os seus motivos. O que senti falta foi de uma história mais sólida, pois parece que apenas estamos à espera da próxima luta e de como vai ser. Mas num filme que envolve batalhas entre monstros e robôs não se está à espera de um argumento extraordinário.
E a ação? Muito boa. A melhor parte foi ver um Jaeger a pegar num enorme cargueiro e a usá-lo como um bastão para dar uma carga de porrada a um Kaiju.
É um blockbuster puro com grandes cenas de ação e todos os efeitos especiais que o dinheiro pode comprar. Não é o melhor trabalho de del Toro mas mesmo assim é um grande filme.
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