E
chegou Dezembro, o que desde o ano passado, quer dizer que temos mais um filme
do universo Star Wars. Só que agora, a grande novidade é que não é mais um
capítulo da saga principal mas sim um à parte, uma experiência para ver se este
universo tem vida para além de seguir os Skywalkers.
Passado
exatamente antes de “Star Wars – Uma Nova Esperança”, seguimos um grupo de
heróis improváveis enquanto tentam roubar os planos da Estrela da Morte e assim
virar a guerra para o lado da Rebelião.
Tendo
em conta as críticas que vinham do outro lado do Atlântico, parecia que
estávamos perante um dos melhores filmes de toda a saga por isso a expectativa
era alguma. A reação? Não é a melhor coisa do mundo, mas também não é mau.
Tem
coisas boas? Claro que sim, mau era se fosse uma desgraça completa. Aqui têm-se
uma maior noção da influência do Império pela galáxia e como conseguem ser
implacáveis.
Os
nossos novos protagonistas foram uma mistura. Enquanto K-2SO, com o seu tom
sarcástico e pessimista e as artes marciais de Donnie Yen foram, para mim, uma
boa implementação, já a protagonista Felicity Jones já não me despertou um
grande interesse.
Aqui
temos uma Rebelião diferente da que estamos habituados nos primeiros filmes da
saga. Onde antes eles eram os bons dos bons sem nada que lhes manche a reputação,
aqui vemos o que foram obrigados a fazer, como roubos e assassinatos. Melhor
para simbolizar esta mudança foi o Cassian Andor (interpretado por Diego Luna),
que já sujou bem as mãos para levar esta Rebelião para a frente. Uma falha é o
parco desenvolvimento das personagens em relação às da saga principal mas
também, enquanto as outras têm três filmes para se esticar, estas têm de se
desenrascar apenas com este.
A
introdução de Orson Krennic do lado do Império foi um ponto positivo. Não é um
vilão com apenas sede de poder e que faz tudo bem mas sim alguém que também
comete a sua boa dose de falhas, isto permite uma maior compreensão e
proximidade com ele. Não que também não faça cenas deploráveis, mas entende-se
melhor o porquê.
Temos
também o regresso digital de Governor Tarkin, que demonstra que a tecnologia
está a avançar cada vez mais, permitindo fazer coisas que nem se pensavam 10
anos atrás. Darth Vader também dá um saltinho por aqui, que embora só em duas
cenas causam um grande impacto (principalmente a segunda).
Gareth
Edwards consegui fazer um “Star Wars” com mais batalhas e com uma vertente de
guerra mais sentida que os anteriores. E nada exemplifica mais isso que o
terceiro ato, onde há muito a acontecer mas onde nunca nos sentimos perdidos.
“Rogue
One – Uma História de Star Wars” é um bom filme, só que não sabe a muito. Tem
grandes doses de nostalgia - e alguma dela era escusada – mas, mesmo assim, sendo
o primeiro filme fora da saga principal e sem jedis, até fomos bem servidos.
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