Ver um filme em que o pai foi
muito duro com o filho e este ficou muito ressentido não é propriamente
novidade, mas desta vez temos a dupla
Robert Downey Jr. e de Robert
Duvall.
Hank é um advogado numa grande
cidade, que é obrigado a volta para a sua terra natal porque o seu pai, o juiz
da cidade, foi acusado de homicídio.
Na sua essência “O Juiz”
fala-nos sobre a relação pai-filho, mas uma oportunidade deve ser dada ao
filme, pois a forma como este conhecido tema é tratado tanto pelo realizador
como pelos dois protagonistas fazem-no uma proposta muito interessante. A mãe
que morreu e o facto de o pai estar doente pode já ser muita coisa e levar a
algum dramatismo excessivo, mas aqui não está de todo mal aplicado.
Downey Jr. consegue trazer de
novo a sua sempre carismática interpretação, sempre com o mesmo toque de
arrogância e comédia, mas desta vez junta-lhe também uma pitada de drama. Duvall
também consegue uma prestação sólida, embora só tenha de fazer de velho
rezingão durante a maior parte do tempo.
As cenas que se passam no
tribunal conseguem ser envolventes e interessantes, mas na parte final duvido
seriamente que as coisas se quer se possam passar assim. As outras pequenas histórias
à volta do argumento principal, como a ex de Hank e os restantes elementos da
família conseguem acrescentar maior qualidade ao filme.
Um drama que vale bem a ida ao
cinema.
Sem comentários:
Enviar um comentário